quarta-feira, 8 de setembro de 2010

9 Meses

Não vou dizer que há pessoas a espremerem borbulhas em todo o lado, a encherem baldes de pus em toda a parte, a desfilarem nuas mostrando as suas crostas provenientes de borbulhas coçadas. Não. Passaram 9 meses e o espremedor está novamente de volta depois de mais um interregno.

Durante 9 meses tive tanta coisa para vos contar... mas acabei por me esquecer, porque todos os anos compro uma agenda e todos os anos lhe passo cartão até dia 3 de Janeiro...

A minha vida mudou durante 9 meses, enquanto uma mãe espera por um filho, a minha vida mudou. Se vos darei conta dessas mudanças? Não sei, também não me parece que vos interesse muito, mas a pica para escrever voltou em grande e não quis deixar de responder à provocação da minha querida colega d' "O Sítio da Marta"

Para vos dar apenas uma recompensa de todos estes dias, semanas, meses sem uma única borbulha espremida, deixo-vos uma história:

Estava eu no meu super-bote, o meu "super-rodado" lancia, com esse grande ícone das pistas de dança de Portugal, João Leite, quando sentimos uma vibração assustadora a invadir as nossas cabeças e a estremecer os nossos corpos. As pessoas olhavam todas para o céu, as árvores começavam a abanar, uma boca de incêndio rebentou e vários vidros se estilhaçaram em pedaços.
As sirenes começaram a ecoar pelas ruas e os cães ladravam raivosos.
De repente, a razão de todo aquele holocausto passou, fazendo estalar as velhas chapas do meu Lancia... Um grande labrego, de nacionalidade portuguesa, com o seu carro que não conseguia manter um movimento coerente, devido a todo aquele frenesim provocado pelo grande sistema de som que aquele carro transportava. A música, essa, era barulho, eram "fritanços", eram pastilhas, era a Júlia Pinheiro a fazer um exame pélvico, era ensurdecedor. O carro passava lentamente, parando tudo e todos. Apresentava um brilho digno de um produto acabado de sair da fábrica, recolhia e devolvia com estilo qualquer raio de luz que embatesse naquela bonita chapa cinza-claro e o condutor tinha todas as condições para olhar para a gaja mais boa do seu campo de visão, piscar o olho, apontar o dedo indicador e fazer um "catchá"!

E depois?

Depois tinha uma daquelas cenas todas "badjourass" para tapar o sol, que se metem nos vidros de trás para as crianças (COM VENTOSAS!!!) com o inocente patrocínio do Winnie The Pooh.

Credibilidade? Nenhuma.

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